quinta-feira, 17 de março de 2011
À conversa com Alex Botelho
Fonte: SurfPortugal
À conversa com Alex BotelhoNo rescaldo da sua temporada na Califórnia (vejam a edição #216 da SURFPortugal) onde foi apanhado no mesmo set que atirou o surfista Jacob Trette para o hospital, fomos falar com Alex Botelho para saber o que é feito dele, planos para 2011 e, claro, o que sente olhando para trás para o wipeout no monstro aquático de Mavericks.Media
Pode não ser um Hulk fora de água mas dentro dela, é tal e qual: contê-lo é impossível e daí que saiam algumas das manobras mais power do surf português. - Curso de tow in e resgate com mota de água com João Macedo, Pedro "Pecas" Monteiro e Ramon Laureano
SURFPortugal- Alex, o que tens feito? Onde estás por agora?
Alex Botelho- Acabei de chegar a semana passada da Califórnia, estive lá desde Outubro. Agora estou numa ilha que por enquanto não posso revelar onde é. Mas acho que vão acabar por saber onde é... É uma viagem que estou a fazer com o Pedro Pinto e o Tomás Valente.
SP- E quais são os teus planos agora para os próximos meses? Sabemos que tens pensado mais seriamente em ir para a Califórnia...
AB- Agora nos próximos meses vou tentar fazer mais uma ou duas viagens e depois durante os meses de Verão vou trabalhar para juntar algum dinheiro para passar o Inverno na Califórnia e no Havai.
SP- Essas duas viagens serão pela Europa ou estás a pensar mais ir mais longe?
AB- Em princípio sim, na Europa. Não sei por onde ainda mas aqui na Europa também há potencial para ondas muito boas e gostava de ficar a conhecer alguns sítios no continente onde vivo antes de ir para outros sítios fora. O objectivo é ficar a conhecer melhor as ondas com potencial para grandes ondulações mais perto de Portugal.
SP- Falaste de ondas grandes e surfaste Mavericks regularmente quando tiveste na Califórnia, surfar ondas grandes é um dos teus novos focos de atenção?
AB- Sim é uma coisa que me cativou. A primeira vez que surfei mar um pouco maior despertou algo que me fez querer voltar para mais. Eu não sabia que gostava disso, agora é a coisa em que mais penso no surf.
SP- E como foi aquilo em Mavericks com aquele set vassoura que te apanhou e também ao Jacob Trette que esteve até hospitalizado em risco de perder a vida?
AB- Foi uma coisa que não esperava que acontecesse naquele dia e acho que foi por isso que aconteceu. Foi uma experiência um pouco pesada e que humilha muito, mas de uma maneira foi boa para aprender algumas coisas
SP- De algumas coisas que lemos na Internet, "ganhaste" algum respeito da comunidade de Mavs pelo que aconteceu...concordas com esta ideia?
AB- Não sei se eles têm mais ou menos respeito por mim, até porque eu fiz um grande erro para estar naquele sitio quando veio o set, mas a realidade é que o pessoal todo que está a surfar lá acaba por se juntar um pouco mais e tentar ajudar uns aos outros. E foi isso que fiz, naquela altura eu estava naquele sítio apto para ajudar, e fiz o que pude, acho que todas as pessoas fizeram o que puderam naquele dia para ajudar. É um ambiente muito diferente do que outros lugares em relação ao pessoal dentro de água.
SP- E como é a tua relação com a comunidade de Mavs?
AB- Eu fui conhecendo o pessoal durante as surfadas que dava lá. O João Macedo também me apresentou a algum pessoal que ele conhece. Eu estava muitas vezes acampado na minha carrinha nas praias e ia conhecendo o pessoal que surfa por aquelas zonas, e depois encontrava-me com eles em Mavericks. Eles foram muito simpáticos comigo, e eu aprecio muito tudo o que eles dizem, fico muito contente de ter tido a oportunidade de ter conhecido e falado com estas pessoas.
Fonte :SurfPortugal
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